(por Maria Esperança e Déa Melo)
Falas de Mestres, arte educadores e representantes de instituições culturais; ladainhas em saudação a São Benedito; oficinas de danças do Pará - Roda, Retumbão, Bagre, Carimbó e Maranhão - Cacuriá, Tambor de Crioula, Bumba-Boi, Baião, Carimbó de Caixeiras; Shows e Festa no Barracão da Marujada de São Benedito preencheram o final de semana de 28 a 30 de Novembro em Quatipuru/PA, durante a segunda edição do Festival Maria Pretinha, organizado pela Irmandade Maria Pretinha, por “Outros Mundos Possíveis”- na Amazônia, no Brasil e no mundo.
Na primeira noite no Barracão da Marujada, sede das atividades do festival, a “Roda de Chegança”, foi uma mostra do que estaria por vir nos próximos dias. As Marujadas de Quatipuru e Primavera e seus grupos de música tradicional - “Raio do Sol” e “Dança Quente” abriram a noite. Na sequência, Rosa Reis e Comitiva vinda diretamente de São Luis/MA, mostrou a beleza, a força, a ginga e afinidade dos tambores e ritmos maranhenses com os paraenses. E ao final, a grande roda com o “Bagre”, da Marujada de Primavera, focalizada pelo Mestre, Rubens, que em meia hora, tempo médio de duração da dança, uma espécie de quadrilha, completou a integração da comunidade local e convidados, no melhor “estilo amazônico”.
Sábado, os mestres e as sábias dos municípios presentes – Primavera, Santarém Novo, Maracanã e Quatipuru iniciam o dia, com a palavra. Contam de suas experiências e visões sobre Cultura para uma platéia de homens, mulheres, donas de casa, mães, homens, mulheres, marujas, mestres de tradição, artistas, agentes culturais, arte-educadores, jovens, estudantes e crianças.
Com toda a propriedade de quem vive “em e com” todos os sentidos sua cultura, Raimundo Correa – “Ticó”/Grupo Quentes da Madrugada-Santarém-Novo; Pedro de Assis/Grupo Canarinhos-Maracanã; Maria Antônia do Rosário/Grupo Maria Pretinha - Quatipuru; Raimunda Clara dos Santos/Grupo Maria Pretinha - Quatipuru; Rubens Nilo Soares/Grupo Dança Quente - Primavera; representando Mestres da Cultura maranhense, Rosa Reis/Grupo LaborArte-São Luiz, deram “muito bem dado”, o recado sobre a importãncia da cultura para que “outros mundos sejam possíveis”, como defende o Fórum Social Mundial, a realizar-se em Belém de de 27 de Janeiro a 1º de Fevereiro de 2009.
Para referendar e fazer a ponte entre o saber e o fazer, tivemos também a fala de instituições como Fundação Curro Velho, com Rogério Parreira - Gerente de Audio-Visual e Marcos Ribeiro – Gerente de Interiorização; Joaquim Rodrigues, Juiz da Festa da Marujada 2008 e Presidente da AMAQUAT – Assoc. da Marujada de Quatipuru; Maria Esperança – Coordenadora Executiva do Festival Maria Pretinha e Déa Melo - Comunicadora Social, ambas Co-Criadoras e Gestoras da Ong Mana-Mani.
Como que para afirmar essas falas e o caráter sagrado da cultura, chega ao final desta manhã, pelas águas do Rio Quatipuru, as Comitivas de esmolação com tamboreiros de São Benedito de Bragança e Quatipuru.
No Trapiche, o santo preto é recebido por Maria Antônia do Rosário - capitoa da Marujada de Quatipuru, e conduzido por um belo cortejo de Marujas, comunidade local e participantes do Festival Maria Pretinha, ao som de batuques e cantorias, seguindo em direção a Igreja de São Benedito, até chegar seu verdadeiro espaço sagrado - o Barracão da Marujada. Lá, São Benedito é reverenciado com cantorias, ladainhas e muita dança.
Na tarde de sábado, outras e animadas trocas – entre percussão e dança Pará-Maranhão. Uma grande roda com participantes de todas as idades, focalizada por “Rosa Reis” e Comitiva – Luana, Leandro, Robinho, Baé, Netto e Marquinhos, integrantes do Ponto de Cultura LaborArte/MA; Mestre “Ticó” com os “Quentes da Madrugada” e os jovens Aldery Dias e Túlio Fernando com suas parceiras ensinando o Carimbó de Santarém Novo; Mestre “Come Barro”, o grupo “Raio do Sol” e o Coodenador da Irmandade Maria Pretinha e Arte Educador, Leonei Cantanhede, com Marujas, jovens e crianças que integram a Irmandade ensinaram as danças da Marujada. Tudo terminando numa grande celebração à diversidade Amazônica, afinal Maranhão um dia também já foi Pará.
No Barracão da Marujada, a noite de sábado começa com a tradicional “Ladainha em Louvor a São Benedito, seguida da dança – ritual da Roda, para então começarem os shows com o Grupo “Raio do Sol”,Quatipuru/PA; “Quentes da Madrugada”,Santarém-Novo/PA; e “Rosa Reis e Banda”,São Luiz/MA.
Domingo, conversamos sobre “Cultura Viva e Patrimônio Imaterial Brasileiro” com Alberdan Batista – Ministério da Cultura/MinC, regional Norte e Ítala Byanca – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN, com orientações sobre políticas públicas do governo estadual e federal, fechando o ciclo de conversas, diálogos, esclarecimentos e orientações para que as tradições, se fortaleçam de forma cada vez mais autônoma e sustentada.
Como não poderia deixar de ser, tudo terminou em Festa, no verdadeiro sentido que podemos dar a essa palavra. Comunidade fortalecida, tradições renovadas, organizações culturais motivadas e muita, muita dança pra recordar e ficar especialmente na memória corporal, que CULTURA É VIDA. Vida ambiental, vida em comunidade , vida espiritual – VIDA em movimento.
Falas de Mestres, arte educadores e representantes de instituições culturais; ladainhas em saudação a São Benedito; oficinas de danças do Pará - Roda, Retumbão, Bagre, Carimbó e Maranhão - Cacuriá, Tambor de Crioula, Bumba-Boi, Baião, Carimbó de Caixeiras; Shows e Festa no Barracão da Marujada de São Benedito preencheram o final de semana de 28 a 30 de Novembro em Quatipuru/PA, durante a segunda edição do Festival Maria Pretinha, organizado pela Irmandade Maria Pretinha, por “Outros Mundos Possíveis”- na Amazônia, no Brasil e no mundo.
Na primeira noite no Barracão da Marujada, sede das atividades do festival, a “Roda de Chegança”, foi uma mostra do que estaria por vir nos próximos dias. As Marujadas de Quatipuru e Primavera e seus grupos de música tradicional - “Raio do Sol” e “Dança Quente” abriram a noite. Na sequência, Rosa Reis e Comitiva vinda diretamente de São Luis/MA, mostrou a beleza, a força, a ginga e afinidade dos tambores e ritmos maranhenses com os paraenses. E ao final, a grande roda com o “Bagre”, da Marujada de Primavera, focalizada pelo Mestre, Rubens, que em meia hora, tempo médio de duração da dança, uma espécie de quadrilha, completou a integração da comunidade local e convidados, no melhor “estilo amazônico”.
Sábado, os mestres e as sábias dos municípios presentes – Primavera, Santarém Novo, Maracanã e Quatipuru iniciam o dia, com a palavra. Contam de suas experiências e visões sobre Cultura para uma platéia de homens, mulheres, donas de casa, mães, homens, mulheres, marujas, mestres de tradição, artistas, agentes culturais, arte-educadores, jovens, estudantes e crianças.
Com toda a propriedade de quem vive “em e com” todos os sentidos sua cultura, Raimundo Correa – “Ticó”/Grupo Quentes da Madrugada-Santarém-Novo; Pedro de Assis/Grupo Canarinhos-Maracanã; Maria Antônia do Rosário/Grupo Maria Pretinha - Quatipuru; Raimunda Clara dos Santos/Grupo Maria Pretinha - Quatipuru; Rubens Nilo Soares/Grupo Dança Quente - Primavera; representando Mestres da Cultura maranhense, Rosa Reis/Grupo LaborArte-São Luiz, deram “muito bem dado”, o recado sobre a importãncia da cultura para que “outros mundos sejam possíveis”, como defende o Fórum Social Mundial, a realizar-se em Belém de de 27 de Janeiro a 1º de Fevereiro de 2009.
Para referendar e fazer a ponte entre o saber e o fazer, tivemos também a fala de instituições como Fundação Curro Velho, com Rogério Parreira - Gerente de Audio-Visual e Marcos Ribeiro – Gerente de Interiorização; Joaquim Rodrigues, Juiz da Festa da Marujada 2008 e Presidente da AMAQUAT – Assoc. da Marujada de Quatipuru; Maria Esperança – Coordenadora Executiva do Festival Maria Pretinha e Déa Melo - Comunicadora Social, ambas Co-Criadoras e Gestoras da Ong Mana-Mani.
Como que para afirmar essas falas e o caráter sagrado da cultura, chega ao final desta manhã, pelas águas do Rio Quatipuru, as Comitivas de esmolação com tamboreiros de São Benedito de Bragança e Quatipuru.
No Trapiche, o santo preto é recebido por Maria Antônia do Rosário - capitoa da Marujada de Quatipuru, e conduzido por um belo cortejo de Marujas, comunidade local e participantes do Festival Maria Pretinha, ao som de batuques e cantorias, seguindo em direção a Igreja de São Benedito, até chegar seu verdadeiro espaço sagrado - o Barracão da Marujada. Lá, São Benedito é reverenciado com cantorias, ladainhas e muita dança.
Na tarde de sábado, outras e animadas trocas – entre percussão e dança Pará-Maranhão. Uma grande roda com participantes de todas as idades, focalizada por “Rosa Reis” e Comitiva – Luana, Leandro, Robinho, Baé, Netto e Marquinhos, integrantes do Ponto de Cultura LaborArte/MA; Mestre “Ticó” com os “Quentes da Madrugada” e os jovens Aldery Dias e Túlio Fernando com suas parceiras ensinando o Carimbó de Santarém Novo; Mestre “Come Barro”, o grupo “Raio do Sol” e o Coodenador da Irmandade Maria Pretinha e Arte Educador, Leonei Cantanhede, com Marujas, jovens e crianças que integram a Irmandade ensinaram as danças da Marujada. Tudo terminando numa grande celebração à diversidade Amazônica, afinal Maranhão um dia também já foi Pará.
No Barracão da Marujada, a noite de sábado começa com a tradicional “Ladainha em Louvor a São Benedito, seguida da dança – ritual da Roda, para então começarem os shows com o Grupo “Raio do Sol”,Quatipuru/PA; “Quentes da Madrugada”,Santarém-Novo/PA; e “Rosa Reis e Banda”,São Luiz/MA.
Domingo, conversamos sobre “Cultura Viva e Patrimônio Imaterial Brasileiro” com Alberdan Batista – Ministério da Cultura/MinC, regional Norte e Ítala Byanca – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN, com orientações sobre políticas públicas do governo estadual e federal, fechando o ciclo de conversas, diálogos, esclarecimentos e orientações para que as tradições, se fortaleçam de forma cada vez mais autônoma e sustentada.
Como não poderia deixar de ser, tudo terminou em Festa, no verdadeiro sentido que podemos dar a essa palavra. Comunidade fortalecida, tradições renovadas, organizações culturais motivadas e muita, muita dança pra recordar e ficar especialmente na memória corporal, que CULTURA É VIDA. Vida ambiental, vida em comunidade , vida espiritual – VIDA em movimento.